Por Lucas Xavier Coelho – OAB/GO 65.000
Advogado. Sócio e Diretor de Relacionamento com o Cliente da Jacó Coelho Advogados. Membro da Comissão de Direito Agrário – OAB/GO. Co-fundador da empresa Hey Hub.
Nos últimos anos, a inteligência artificial invadiu as empresas por meio de novas ferramentas capazes de otimizar e acelerar processos. Uma destas novas tecnologias foi lançada em novembro de 2022 pela empresa OpenAI, chamada ChatGPT, um modelo de linguagem que funciona como um chatbot preparado para conversar com os usuários de maneira natural e intuitiva. O aplicativo se tornou um fenômeno e colocou em xeque a existência de algumas profissões, dentre elas a advocacia. Será que os advogados serão, em um futuro próximo, substituídos pela inteligência artificial?
Segundo o relatório do banco UBS, o ChatGPT é o aplicativo que mais cresceu, rapidamente, na história, conquistando 100 milhões de usuários em apenas dois meses. Para termos uma ideia, o Instagram levou dois anos e meio para alcançar a mesma marca, enquanto o TikTok conquistou os nove dígitos em nove meses. O sucesso do aplicativo está na sua capacidade de produzir conteúdo, códigos, roteiros e demais funcionalidades de forma rápida e, ao mesmo tempo, humana. Ao usar o ChatGPT, a sensação é de estar conversando com uma pessoa.
Desde sua criação e rápida adesão dos usuários, o aplicativo tem estado no holofote da mídia e assustado diversos profissionais que consideram o ChatGPT uma ameaça. Porém, esta tecnologia deve ser encarada como uma ferramenta que agrega mais praticidade e rapidez na execução de tarefas. Assim, o profissional pode se dedicar a ações mais complexas e aumentar sua produção, melhorando a efetividade e promovendo o crescimento da empresa.
Durante a LegalWeek, feira de tecnologia jurídica realizada em março de 2023, na cidade de Nova York, muito foi debatida esta questão do ChatGPT como uma ferramenta de trabalho. Assim como usamos tecnologias como Whatsapp, Zoom Meeting e outros, o ChatGPT veio para somar esforços no aperfeiçoamento das demandas. A verdade é que, na advocacia estratégica, quem não se adaptar à inteligência artificial, ficará defasado e perderá clientes e espaço no mercado.
Quando falamos em novas tecnologias no ambiente jurídico, podemos reviver um passado não tão distante, quando os processos ainda eram físicos e era preciso viajar quilômetros de distância para pegar uma assinatura ou protocolar uma petição. Hoje, com os processos eletrônicos, não precisamos, muitas vezes, sair do escritório. Ou seja, por meio da inteligência artificial tivemos um ganho inquestionável na agilidade e eficiência de nossa operação. Imagine um escritório que não se adequou a esta nova realidade? Provavelmente ele não existe mais.
Assim, empresas que buscam a prosperidade devem se adequar a estas novas tecnologias e utilizá-las em seu benefício e crescimento. São elas que proporcionam o aperfeiçoamento dos trabalhos, diminuição dos erros, redução de custos, aumento de faturamento e prestação de serviço com mais qualidade aos clientes.